quinta-feira, 30 de julho de 2009


AO ANJO DA MORTE

Vem, e leva-me sem receio.

Sem despedida, sem tristeza, sem venturas e amores.

Cobre-me com teu manto negro,

roubando de mim, toda minha cor,

pálida e abatida aparência.

Invade e leva de mim

todo o rancor,

toda culpa e amargura que ainda possa ter.

Sem que ninguém perceba, me envolva num véu de morte,

o quel não há alegrias nem felicidades,

dores, nem tristeza...

Apenas solidão!

E quando deitar-me nesta pedra,

fria e solitária pedra,

cubra-me de rosas, murchas e queimadas

para que velem meu sono...

Para que companheira Lua, derrame seu fel.

E além da vida, e dos mortais,

Quero viver (ou morrer) em Paz!...

Morangos e Pimentas...

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